A violência contempla os atos que se exercem para impor ou obter algo através da força. Trata-se de ações deliberadas que podem causar danos físicos ou psíquicos à outra pessoa. Noutros termos, a violência também é aquilo que está fora do seu estado natural, fora do controlo próprio de quem a exerce.
Existem distintos tipos de violência, como a violência familiar (ou conjugal) e a violência de gênero. No que diz respeito à violência escolar, é dada pela ação ou omissão prejudicial que é exercida entre os membros de uma comunidade educativa (seja entre alunos, pais, professores ou pessoal não docente) e que pode ocorrer quer nas instalações escolares, quer noutros espaços diretamente relacionados com a escola.
Os especialistas apontam várias causas podendo propiciar o surgimento da violência escolar. Entre elas, destacam a exclusão social, a exposição à violência transmitida pelos meios de comunicação e a ausência de limites no comportamento social.
A violência escolar costuma estar associada ao assédio (moléstia) escolar ou bullying, isto é, o maltrato físico ou verbal que se produz entre estudantes de forma repetida e insistente e ao longo do tempo. Em geral, o bullying realiza-se através de troças e brincadeiras de mau gosto onde os rapazes e as raparigas que estão a chegar à adolescência são as vítimas.
O tema “violência nas escolas” suscita debates em vários países. No Brasil, por exemplo, muitos especialistas fazem análises, resumos, etc, sobre o tema a fim de encontrarem uma solução que possa reduzir o índice de violência nas instituições de ensino que não para de crescer.
Infelizmente, devido à falta de argumentos concretos ou mesmo de propostas práticas, o assunto acaba se torando algo comum.
Pode-se qualificar as escolas consoante o risco de violência escolar. Neste âmbito, mencionaremos as escolas de baixa vulnerabilidade (com boa integração e comunicação a todos os seus níveis) e as escolas de insegurança total (que surgem numa situação de anomia, isto é, onde não há qualquer controlo e as regras sociais se contradizem; os integrantes costumam andar com armas e existe a impunidade).
Mas, atualmente, a violência escolar não apenas contempla apenas o assédio, bullying ou violência física entre estudantes, mas há casos crescentes de violência por parte dos alunos aos professores. Há casos até mesmo de agressões a professores por parte dos pais de alunos.
Um dado preocupante é que o Brasil lidera o ranking de violência contra professores. Os dados são da pesquisa feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). E essa violência pode ser física (como acontece em sua maioria), verbal e mesmo uma violência psicológica, fazendo a pessoa sentir-se inferior, sem valor ou mesmo incapacitada.
Mas há ainda casos de violência por parte dos professores aos alunos, ainda que me menores números, onde professores usam-se de sua autoridade para intimidar e humilhar seus alunos.
Algo pouco abordado são os resultados que a violência, seja ela de que tipo for, causa ao aluno ou professor que a sofre, tais como: medo, insegurança, estresse e ansiedade, cansaço, sudorese, dores de cabeça, entre outros.
Essa situação também vai além e envolve até mesmo casos de violência sofrida nas escolas que foram causadas por criminosos instalados próximos a essas instituições ou mesmo antigos alunos que sofreram bullying e que tenham relação com criminosos.
Equipe editorial de Conceito.de. (25 de Novembro de 2011). Atualizado em 31 de Dezembro de 2019. Violência escolar - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/violencia-escolar