Extrativismo se trata do processo de extração de recursos da natureza. E esse processo pode se caracterizar numa coleta de origem animal, vegetal ou mesmo mineral.
Devido à grande dependência dos extrativistas das condições naturais, esta atividade está intimamente ligada ao meio ambiente.
O extrativismo tem sido uma importante fonte de renda para milhões de pessoas ao redor do mundo. Além disso, esta atividade é responsável por gerar empregos diretos e indiretos para milhões de pessoas, especialmente em países em desenvolvimento.
Tipos de extrativismo
Existem vários tipos de extrativismo. O primeiro deles é o extrativismo mineral, que consiste na extração de minerais do solo, como ouro, ferro e bauxita. Esses minerais são usados para produzir diversos produtos que são usados no dia a dia, como bicicletas, celulares, computadores, carros, etc.
O segundo tipo é o extrativismo vegetal, que consiste na coleta de plantas, frutas, sementes e de fibras. Essa atividade pode ser realizada de forma sustentável, respeitando os ciclos naturais das plantas e garantindo a preservação da biodiversidade. Alguns exemplos de produtos derivados do extrativismo vegetal incluem o açaí, o guaraná, a castanha-do-pará e o óleo de palma.
Por fim, o extrativismo animal consiste na coleta de animais para fins comerciais. Contudo, essa atividade pode ser prejudicial à biodiversidade e deve ser regulamentada para garantir que não haja a extinção de espécies. Alguns exemplos de produtos derivados do extrativismo animal incluem o couro e o marfim.
Problemas do extrativismo
Como citado, ainda que a exploração dos recursos naturais seja uma importante fonte de renda para muitas pessoas, também pode trazer alguns problemas. A prática do extrativismo pode levar à degradação ambiental, pois o uso excessivo ou inadequado de determinados recursos naturais pode prejudicar o meio ambiente.
A extração excessiva de recursos pode levar à degradação do solo e da vegetação, à perda de biodiversidade, à contaminação de rios e lagos, além de prejudicar as atividades de pesca e agricultura nas regiões afetadas.
Também, a exploração desse tipo de recursos também pode levar ao esgotamento deles.
O extrativismo também pode gerar conflitos sociais e violações dos direitos humanos, especialmente quando envolve a exploração de terras indígenas e de comunidades tradicionais. Muitas vezes, essas comunidades não são consultadas nem recebem compensações justas pela exploração de recursos em suas terras, o que pode levar à perda de suas fontes de subsistência e à degradação de seus modos de vida, por exemplo.
Para evitar esses problemas, é necessário que os extrativistas adotem técnicas que não causem danos ao meio ambiente e que possam garantir a preservação dos recursos. Além disso, é importante que eles adquiram conhecimentos e ferramentas que lhes permitam trabalhar de forma segura e eficiente.
Outra iniciativa necessária para reduzir os impactos negativos do extrativismo é o estabelecimento de áreas de reserva para a preservação dos recursos naturais. Essas áreas devem ser gerenciadas de forma adequada, para que possam ser usadas de maneira sustentável. Também é necessário estabelecer limites para a exploração dos recursos naturais.
Mais sobre as atividades do extrativismo e sua importância
Um exemplo de atividade extrativista é a mineração, que consiste na extração de minerais do solo, como ouro, ferro, bauxita, entre outros. A mineração é uma atividade econômica importante em muitos países, mas também é associada a diversos impactos ambientais e sociais negativos.
A extração de minerais pode levar à contaminação do solo e da água, à erosão do terreno, além de gerar resíduos tóxicos que podem afetar a saúde das comunidades locais.
Outra forma de extrativismo é a coleta de recursos não madeireiros, como plantas medicinais, frutos, sementes e fibras. Essa atividade é comum em regiões de floresta tropical, onde a biodiversidade é alta e muitas espécies têm valor econômico. A coleta desses recursos pode ser uma fonte de renda importante para comunidades locais, mas também pode ter impactos negativos sobre a biodiversidade e a regeneração da floresta.
Para reduzir os impactos negativos do extrativismo, é importante que haja uma gestão sustentável dos recursos naturais, garantindo a preservação do meio ambiente e o respeito aos direitos das comunidades locais.
Isso pode envolver a implementação de políticas públicas que promovam a exploração responsável dos recursos naturais, a regulamentação da atividade extrativista e, como citado, a garantia de compensações justas para as comunidades afetadas.
Também é fundamental investir em alternativas econômicas que promovam o desenvolvimento sustentável, como a agroecologia, o turismo sustentável e a produção de energias renováveis.
Essas atividades podem gerar renda para as comunidades locais sem prejudicar o meio ambiente ou comprometer a qualidade de vida das populações afetadas.
Extrativismo vegetal e agricultura: diferença
Faz-se necessário que se saiba que o extrativismo vegetal é diferente da agricultura, ainda que ambos utilizem os mesmos recursos naturais.
O extrativismo vegetal consiste na coleta de produtos da natureza sem a necessidade de plantio e cuidados específicos, enquanto a agricultura envolve o cultivo de plantas com o objetivo de obter uma produção maior e mais controlada.
A agricultura pode ser realizada de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e garantindo a preservação da biodiversidade. Já o extrativismo vegetal pode prejudicar a biodiversidade se não for realizado com consciência.
SOUSA, Priscila. (20 de Fevereiro de 2023). Extrativismo - O que é, tipos, problemas e importância. Conceito.de. https://conceito.de/extrativismo