Um mapa de risco objetiva identificar, avaliar e controlar os riscos existentes em um ambiente de trabalho.
Se trata de uma ferramenta de gestão de riscos que traz uma representação gráfica, permitindo visualizar as áreas ou atividades que apresentam maior probabilidade de ocorrência de acidentes ou doenças ocupacionais, além de indicar as medidas preventivas e de controle necessárias para reduzir esses riscos.
Para elaborar esse mapa, é necessário realizar uma análise detalhada do ambiente de trabalho, identificando as áreas de risco, processos produtivos, máquinas e equipamentos, substâncias químicas, as condições climáticas, entre outros fatores que possam ser considerado como riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
Após a identificação dos riscos, os mesmos são classificados em cores e de acordo com sua gravidade: vermelho para riscos graves e imediatos, amarelo para riscos moderados e azul para riscos leves ou pouco significativos. Essa classificação permite visualizar de forma clara as áreas de maior risco e priorizar as ações preventivas.
Mas as cores ainda são usadas de acordo com o tipo de risco: químico, físico, etc.
O mapa de risco é obrigatório por lei em empresas brasileiras de atividades de risco que tenham mais de 20 funcionários, conforme a Norma Regulamentadora 5 (NR-5) do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR-5 estabelece que o mapa de risco deve ser elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que é responsável por realizar inspeções periódicas no ambiente de trabalho e identificar os riscos existentes.
Sobre as orientações do mapa e risco
O mapa de risco deve ser afixado em local visível e de fácil acesso aos trabalhadores, a fim de que todos possam ter conhecimento dos riscos existentes e das medidas preventivas adotadas.
Além disso, é importante que os trabalhadores sejam treinados para identificar e agir diante de situações de risco, contribuindo para a redução do número de acidentes e doenças ocupacionais.
A elaboração e atualização do mapa de risco é uma medida fundamental para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores. O mesmo também contribui para a redução dos custos com acidentes e doenças ocupacionais.
É importante destacar que o mapa de risco não deve ser encarado como um documento isolado, mas sim como parte de um programa de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, que envolve a adoção de medidas preventivas, treinamento dos trabalhadores e ações de fiscalização e monitoramento.
Além disso, ele pode ser utilizado como uma ferramenta de gestão de saúde e segurança ocupacional em outros contextos, como em escolas, hospitais, construções civis, entre outros. Em cada um desses ambientes, é necessário identificar os riscos específicos que estão presentes e adotar medidas preventivas adequadas.
Regras para elaboração
Vale ressaltar que a elaboração do mapa de risco não deve ser um processo estático. É preciso que haja uma revisão periódica do mapa de risco para que ele esteja sempre atualizado e reflita as mudanças que ocorrem no ambiente de trabalho. Essas mudanças podem ser decorrentes de alterações nos processos produtivos, na incorporação de novas tecnologias, na utilização de novos materiais ou produtos químicos, entre outras.
Outra questão importante é a conscientização dos trabalhadores quanto aos riscos presentes no ambiente de trabalho. O mapa de risco é uma ferramenta de comunicação visual que permite uma fácil compreensão dos riscos existentes e das medidas preventivas adotadas. Contudo, é fundamental que os trabalhadores sejam conscientizados e treinados para identificar os riscos e agir corretamente em caso de situações de emergência.
Esse documento é fundamental para a gestão da saúde e segurança ocupacional, que tem como objetivo preservar a integridade física e psicológica dos trabalhadores.
Mas é importante ressaltar ainda que a elaboração do mapa de risco deve ser realizada de forma participativa, envolvendo os trabalhadores e a empresa, para que as medidas preventivas adotadas sejam eficazes e adequadas à realidade do ambiente de trabalho.
Em suma, o mapa de risco é uma ferramenta simples, mas eficaz, que permite identificar, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho.
Sobre os riscos
Os riscos contemplados no mapa de risco são: risco físico, químico, biológico, ergonômico e acidentes. A seguir está a explicação sobre cada um:
– Risco físico: são os agentes físicos presentes no ambiente de trabalho, que podem causar danos à saúde dos trabalhadores, como ruído, vibração, temperatura elevada ou baixa e radiação;
– Risco químico: refere-se a agentes químicos presentes no ambiente de trabalho, como é o caso de gases, vapores, líquidos e sólidos;
– Risco biológico: agentes como bactérias, vírus, fungos, entre outros, os quais podem causar danos aos profissionais que ali atuam;
– Risco ergonômico: refere-se as condições do ambiente de trabalho que podem causar desconforto ou lesões aos trabalhadores, como é o caso da postura inadequada, do esforço físico excessivo, dos movimentos repetitivos, entre outros;
– Risco de acidentes: por fim, esse compreende as situações de risco no ambiente de trabalho que podem causar acidentes e lesões aos trabalhadores, tais como quedas, choques elétricos, explosões, incêndios, entre outros.
SOUSA, Priscila. (3 de Março de 2023). Mapa de risco - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/mapa-de-risco