Monólogo é um texto onde apenas uma pessoa o interpreta. Logo, seria visto ainda como um discurso que uma pessoa faz para si mesma, fazendo com que a pessoa que veja tal apresentação entenda o que se passa na cabeça do personagem/intérprete.
É comum que haja peças de teatro com um roteiro com partes apresentadas na forma de monólogo ou mesmo peças completas assim. Tick, tick… BOOM!, escrito e interpretado por Jonathan Larson, é um exemplo de monólogo.
No caso de uma peça teatral com partes em monólogo, caso haja outros atores em cena, esses não dirão palavra alguma. E é comum que o personagem que apresenta um monólogo fale consigo mesmo, voltando-se para o seu “eu”, ou que fale com o público que acompanha uma peça, lê um texto, etc.
Sobre a sua etimologia, esse termo se originou com a junção dos elementos gregos “monos”, que significa “um” ou também “único”, e logos, que designa a “ideia” ou a “palavra”. Assim, há o seu significado que é “palavra de um”.
Os tipos de monólogos
É importante esclarecer que o monólogo não se trata de algo exclusivo do teatro. Contudo, é comum que o mesmo tenha muitas associações com o drama.
Quando remetido ao teatro, esse tipo de texto ou discurso pode ser:
- Lírico: quando o personagem faz a exposição de um discurso similar a uma confidência, numa representação em fala direta em que há bastante emoção ali;
- Técnico: aqui se caracteriza um tipo de texto em que são passas ideias para o público;
- Reflexão: também chamado de monólogo de decisão, esse tipo é caracterizado por uma reflexão ou discussão que o personagem faz consigo mesmo a fim de determinar a melhor decisão que deve tomar.
Sobre suas características
De acordo com alguns pesquisadores, o monólogo se caracteriza como uma forma de diálogo, uma vez que o protagonista, em sua fala, implica um outro, seja o próprio, se ele se dissocia em dois, sendo um deles o “eu” e o outro um “interlocutor”, ou mesmo o público com quem ele fala.
O monólogo foca na vida interior do personagem, já que o personagem discorre no palco sobre seus pensamentos mais íntimos.
É como se esse personagem se mostrasse totalmente transparente psicologicamente perante da plateia. E, por vezes, ele passa a sensação de ser pessoas distintas. Isto se dá devido a que as questões existenciais desenroladas por meio do monólogo são universais, não próprias de apenas uma pessoa.
Tal tipo de discurso existe de forma igual em desenhos animados, no cinema, na poesia escrita, nas óperas (seja em árias ou trechos cantados), em romances do século XX e até mesmo em programas de entretenimento é comum que se use de tal recursos em alguns momentos.
Monólogo exterior e interior
É comum, no entanto, que seja mais frequente a classificação dos monólogos apenas em exterior e interior.
O monólogo exterior se configura naquele em que o ator fala dirigindo-se à sua plateia. Por sua vez, o monólogo interior (mais comum nas apresentações teatrais) se trata da reflexão do personagem consigo mesmo. Este último tipo de monólogo ainda é chamado de solilóquio.
Monólogo cômico
Denomina-se de monólogo cômico a forma de expressão teatral onde um único personagem, no geral um comediante, fala com o público. E é comum chamar esse tipo de apresentação de stand up. Ali o comediante apresenta diversos pensamentos e histórias, sempre recorrendo ao humor.
Esses monólogos normalmente são escritos com foco em entreter e provocar risos na audiência. E para isso eles usam recursos como: ironia, sarcasmo, trocadilhos e mais.
O comediante pode tratar de diversos temas, partindo de situações do dia a dia e indo até questões políticas, sociais, etc., sempre visando provocar risadas e garantir um momento de diversão.
Prólogo e monólogo
O prólogo e o monólogo se traduzem em elementos literários distintos, mesmo que compartilhem algumas semelhanças na sua estrutura e função numa obra.
No caso do prólogo, ele é uma parte introdutória em uma obra literária, seja essa obra um livro, peça de teatro ou até um filme. Geralmente, é aplico com a finalidade de estabelecer o contexto para uma história, realizar uma apresentação dos protagonistas ou para fornecer informações que ajudarão o leitor a compreender o enredo da história.
Conta-se que o prólogo se originou na Grécia Antiga, sendo ali um elemento comum em peças de teatro, em especial nas peças de tragédia, em que um narrador ou personagem apresentava ao público informações importantes antes se iniciar a ação dramática.
Por sua vez, o monólogo é uma passagem em que um personagem fala sozinho, apresentando seus sentimentos, pensamentos ou reflexões. Historicamente, era comum o uso dos monólogos no teatro grego e romano, em que os personagens se dirigiam ao público a fim de compartilhar suas emoções ou dilemas.
Durante a história da literatura, o monólogo configura-se como uma ferramenta importante para mostrar a profundidade psicológica dos personagens e tratar de temas complexos.
SOUSA, Priscila. (15 de Fevereiro de 2024). Monólogo - O que é, conceito, tipos e características. Conceito.de. https://conceito.de/monologo