A ideia de teatro clássico diz respeito ao conjunto de obras de uma determinada época que alcançaram uma grande repercussão e conseguiram transcender no tempo, tornando-se numa parte importante de uma cultura. Em geral, faz-se a diferença entre vários tipos de teatro clássico conforme a sua origem.
No sentido mais amplo, o teatro clássico é composto por obras com alguma antiguidade que ainda continuam a ser representadas pelo seu valor artístico. Considera-se que o teatro clássico é a mais alta manifestação teatral: por isso, a encenação está reservada aos realizadores e aos atores.
No caso de Portugal, o teatro ficou marcado por figuras como Gil Vicente (aliás, o fundador), Almeida Garrett, José I de Portugal, entre outros.
O teatro clássico grego, por sua vez, é aquele que foi desenvolvido na Grécia Antiga. É habitual incluir-se neste obras criadas entre os séculos VI e II antes de Cristo, que eram representadas ao ar livre nos espaços que hoje conhecemos como teatros gregos.
Sófocles, Eurípides, Esquilo, Menandro e Aristófanes são alguns dos grandes autores do teatro clássico grego. A vigência deste teatro, que continua a ser representado há mais de dois mil anos da sua origem, demonstra o valor e a importância que tem o teatro clássico, inclusivamente na sociedade atual, que tem costumes e interesses bastante diferentes dos antigos.
Teatro clássico francês
O teatro clássico francês do século XVII foi um movimento artístico que teve lugar durante o reinado do rei Luís XIV, também conhecido como o “Rei Sol”. Foi um período de grande desenvolvimento cultural na França, onde o teatro se tornou uma forma de arte prestigiada e altamente valorizada.
E esse teatro foi influenciado pelo teatro clássico grego e romano, bem como pelas obras de autores italianos, como Ludovico Ariosto e Torquato Tasso. Suas peças eram escritas em versos rimados, seguindo as regras rígidas da poesia clássica.
Dentre os principais autores do teatro clássico francês do século XVII estavam Jean Racine e Pierre Corneille, que escreveram algumas das obras mais famosas da época.
Mais sobre o teatro clássico grego
O teatro clássico grego era realizado em grandes teatros ao ar livre, onde as peças eram apresentadas para um grande público. Essas produções teatrais eram financiadas pelos cidadãos ricos e pelo Estado, que entendiam que essa era uma forma de educação e entretenimento para a população.
As peças do teatro clássico eram escritas para serem encenadas por um pequeno número de atores, em sua maioria homens, que desempenhavam vários papéis em uma mesma peça. As histórias eram baseadas em mitos e lendas gregas e abordavam temas como amor, morte, honra, justiça e a relação do homem com os deuses.
E as peças do teatro clássico grego eram divididas em dois gêneros principais: a tragédia e a comédia. A tragédia, como o próprio nome indica, abordava temas trágicos e sombrios, como a morte, o sofrimento e a desgraça. As comédias, por sua vez, eram mais leves e satíricas, e costumavam ridicularizar a sociedade e a política da época.
Uma das principais características do teatro clássico grego era o coro, onde grupo de atores se movimentava pelo palco e desempenhava um papel importante na narrativa da peça. O coro comentava a ação que estava acontecendo e servia como uma espécie de voz do povo, expressando as emoções e sentimentos da plateia.
Outra característica importante do teatro clássico grego era a máscara, qual os atores utilizavam para representar seus personagens. As máscaras tinham uma função estética e também prática, ajudando a transmitir as emoções dos personagens para o público e amplificando as vozes dos atores em um espaço aberto.
Além disso, esse teatro era marcado pela presença de elementos como o canto e a dança. Os atores cantavam e dançavam em cena, acompanhados por uma orquestra que tocava instrumentos musicais como a lira.
Equipe editorial de Conceito.de. (9 de Outubro de 2016). Atualizado em 19 de Abril de 2023. Teatro clássico - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/teatro-classico