Ouro, do latim ourum, significando “brilhante”, é um elemento químico, designado como um metal precioso, com aspecto brilhante e de coloração levemente amarelada. Ele é tido como nobre porque se trata de um dos únicos metais que sofre com pouco ou nenhum tipo de oxidação.
E há como encontrar ouro em rochas, riacho, rios e também em depósitos em certos lugares do mundo. Na tabela periódica, o ouro é representado pelo símbolo Au, com número atômico 79 e massa atômica 197.
Exemplos de itens fabricados com esse material são: anel de ouro, aliança, corrente de ouro, medalha de ouro, colar de ouro e outros.
De onde o ouro se originou
Segundo arqueólogos, o ouro surgiu ainda no Oriente Médio, com suas primeiras civilizações. E de acordo com teorias científicas, esse metal precioso teria sido produzido a partir das estrelas, vindo o mesmo do espaço há cerca de 5 bilhões de anos, antes da Terra existir.
Conta-se que houve explosões estelares agressivas, chamadas de supernovas, as quais traziam o ouro e outros tipos de metais. Com a pressão da explosão, prótons e elétrons se aliaram, compondo os nêutrons, os quais, por terem uma carga nula, foram capturados pelo grupo do Ferro, esse produzido devido com a ajuda da pressão gravitacional e de elementos como carbono e hélio.
E tais capturas de nêutrons permitiram a constituição de elementos de maior peso, elementos esses que as estrelas não conseguiriam compor em condições normais, como é o caso do chumbo, da prata e do ouro.
Depois de tal explosão, então essas ondas de choque difundiram no universo minúsculas partículas de ouro e, ainda, outros tipos de metais, anua velocidade de 110 milhões de km/h, com esses elementos sendo dispersos pelo sistema solar primitivo.
Quando tal nuvem de destroços se tornou compacta, então o ouro se fixou nas rochas da Terra, sendo que o planeja naquela época ainda estava sendo formado.
Propriedades do ouro
O ouro, como citado, é considerado um metal nobre devido as suas características excepcionais, a exemplo da sua baixa oxidação, o que lhe dá uma excelente durabilidade se comparado com outros tipos de metais, como o ferro. Mas há ainda a sua resistência a corrosão.
Mesmo que esse metal precioso entre em contato com elementos como água e ar, ele resiste a corrosão, sendo essa uma propriedade única que favorece a sua longevidade e a sua qualidade.
Além do mais, o ouro é reconhecido pela maleabilidade e ductibilidade. Sua maleabilidade se mostra na capacidade do mesmo poder ser esticado facilmente, onde somente 50 gramas se converteriam depois em um fio admiravelmente longo, qual se estenderia por até quinhentos metros.
Já a sua ductibilidade permite a criação de lâminas bastante finas, a partir de uma mesma quantidade de ouro citada antes, o que geraria peças com medidas de 30×30 centímetros em forma de lâmina.
Essas propriedades não somente destacam a durabilidade do ouro, como também tornam a manipulação dele algo fácil para variadas aplicações, solidificando a sua posição como um metal que possui elevada importância e versatilidade. Nisso, há como citar seu uso:
- Na fabricação de joias;
- Dispositivos eletrônicos;
- Na criação de moedas;
- Pigmentos;
- Há ainda como usar o mesmo no formato de folhas finas, que inclusive é aplicado na culinária;
- Na fabricação de implantes odontológicos;
- E outros.
Obtenção do ouro
A princípio, as técnicas de extração do ouro se resumiam na chamada separação gravítica (ou gravimétrica) e em técnicas complementares, como é o caso da cominuição (que é o processo de quebrar em partículas menores) e também a amalgamação. Isso levava em conta em algumas características do ouro, como por exemplo:
- Elevada densidade, sendo algo que facilitava na hora da separação gravítica;
- Hidrofobicidade natural;
- A possibilidade do ouro ser incorporado ao mercúrio, compondo uma amálgama.
No entanto, essas técnicas só tinham utilidade para amostras de ouro que eram de fácil lavra e extração, sendo que essas não eram apropriadas para extrair o ouro mais ouro, denominado de ouro fino, e o ouro ligado a sulfetos.
Desse modo, fora criada a técnica hidrometalúrgica de cianetação, no ano de 1887. O responsável pelo desenvolvimento dela foi o químico escocês John S. MacArthur, junto aos irmãos e médicos escoceses, Robert e William Forrest.
Nessa técnica, depois que o ouro é moído e concentrado, ele poderá ser dissolvido (lixiviado) por uma solução de íons cianeto no meio básico. O processo precisa suceder em meio básico, visando evitar a hidrólise do íon cianeto, a qual compõe o chamado de ácido cianídrico, HCN.
Os quilates do ouro
O ouro pode ser classificado de acordo com a sua pureza (quando é puro ou quando há pouco ouro em sua composição), sendo que é comum o uso dos quilates (k) para designar isso.
Os quilates servem para medir a pureza do ouro ou mesmo de outras joias. Basicamente, seria o peso total de um material dividido por 24. E nas 24 partes, levam em conta as parcelas que compõem outro material.
Se há um elemento puro, então quer dizer que o mesmo não dispõe de outros materiais, sendo classificado então como ouro 24k (ouro 24 quilates). Contudo, se existem 10 partes de outro material, então tal joia seria um material com 14 quilates, não sendo ouro puro.
SOUSA, Priscila. (29 de Dezembro de 2023). Ouro - O que é, propriedades, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/ouro