Idiossincrasia

Idiossincrasia, que provém de um vocábulo grego que significa “temperamento particular”, é um termo relacionado com o carácter e os traços próprios de uma pessoa ou de uma coletividade.

A idiossincrasia costuma contemplar questões que, embora sejam distintivas de um sujeito, são consideradas sob um ponto de vista subjetivo. No caso da idiossincrasia de um grupo social, corre-se o risco de criar estereótipos uma vez que nem todos os sujeitos apresentam as mesmas características. Trata-se de ter em conta algumas características comuns e partilhadas por um grande número de membros de uma comunidade.

Por exemplo: a idiossincrasia dos Portugueses inclui o hábito que eles têm de beber café com frequência, de ouvir cantar o Fado, de fazer peregrinações até ao Santuário de Fátima, de assistir religiosamente aos jogos de futebol, de passar férias no Algarve, de ser acolhedores e solidários e de ser um povo saudosista.

Não significa que todos os Portugueses façam peregrinações a Fátima. Embora seja um hábito cultural bastante difundido, não é imperativo. Ou seja, não é pelo facto de um Português ser ateu que é “menos português” que aquele que vai à missa todos os Domingos ou que aquele que faz questão de ir Fátima, movido pela sua fé.

Por outro lado, apesar de o Fado ser tipicamente português, certas regiões preferem o rancho (Minho) ou ainda os cantares alentejanos. Não significa que esses cidadãos sejam alheios à idiossincrasia do país.

A idiossincrasia constata-se a partir do comportamento social das pessoas, dos seus gostos e do seu desempenho profissional. Diz-se, por exemplo, que os povos latinos tendem a ser mais calorosos e afetuosos do que as comunidades germânicas ou anglo-saxónicas. Esta característica da idiossincrasia pode ser facilmente observada por todos aqueles que já tenham viajado em diversas partes do mundo e que estejam, por conseguinte, em condições de comparar as relações sociais que são estabelecidas nos mais diversos países.