Oceanografia é a ciência multidisciplinar voltada ao estudo dos oceanos e mares. Ela compreende desde aspectos físicos, biológicos e químicos até a geologia e também a meteorologia marinha.
Sendo que mais de 70% da superfície terrestre é coberta por água, então o conhecimento a respeito dos oceanos é vital para a compreensão do planeta e seus processos. E é importante conhecer cada elemento e personagem que integra o cenário desse conceito.
O oceanógrafo
O oceanógrafo se trata do profissional que investiga sobre as características dos mares e oceanos, estudando a respeito de fenômenos como as ondas, correntes oceânicas, marés, além de estudar sobre salinidade e temperatura da água.
Através de tecnologias como submarinos e sensores de batimetria, os oceanógrafos mapeiam a plataforma continental, assim como as fossas oceânicas e as bacias oceânicas. E tais atividades são importantíssimas para a compreensão da dinâmica oceânica, a exemplo de fenômenos extremos como tsunamis, ciclones e outros.
Esses especialistas podem atuar em áreas como a oceanografia física, focada nas propriedades e movimentos da água, e oceanografia biológica, essa voltada ao estudo da vida marinha, como plâncton, recifes de coral e demais ecossistemas.
Mas há ainda a oceanografia química, a qual trata da composição das águas oceânicas, investigando fatores como poluição marinha e variações na salinidade, e a oceanografia geológica, a qual explora a formação do leito oceânico.
Preservação ambiental e oceanografia
A preservação ambiental se traduz em um componente central da oceanografia moderna.
Em virtude do aumento da poluição marinha, provocada por resíduos plásticos, por vazamentos de petróleo e também pela contaminação química, há então riscos para a saúde dos oceanos, afetando a vida marinha e humana. Com isso, faz-se essencial, por exemplo, a conservação de recifes de coral, a fim de manter a biodiversidade, pois eles servem como habitat para diferentes espécies.
O estudo dos oceanos traz dados importantes para reduzir os impactos ambientais e criar políticas de preservação que funcionem.
A análise das correntes oceânicas, aliada ao monitoramento da temperatura da água, auxilia na prevenção de mudanças climáticas e fenômenos extremos. E essas se tratam de previsões que ajudam na preparação para eventos como ciclones, protegendo vidas e também economias.
O trabalho dos oceanógrafos aqui é muito importante no desenvolvimento de soluções sustentáveis. E com isso se equilibra a utilização dos recursos naturais e também a proteção do ecossistema marinho.
Geoprocessamento oceânico: uma visão avançada
A técnica de geoprocessamento oceânico associa dados geoespaciais e métodos de análise visando mapear e estudar sobre o relevo submarino e sobre os fenômenos conexos. Essa ferramenta é crucial no monitoramento da plataforma continental e para explorar áreas remotas das fossas oceânicas e bacias oceânicas.
Com o uso de tecnologias de batimetria e sensores de alta precisão, os oceanógrafos mapeiam o fundo do mar, o que facilita a exploração de recursos e a avaliação de riscos, a exemplo dos deslizamentos submarinos que tendem a gerar tsunamis.
O geoprocessamento ainda auxilia na detecção de áreas sensíveis à poluição marinha. Outra cosia que ela faz é ajudar no monitoramento da dinâmica das correntes oceânicas. E tais informações são de suma importância para desenvolver políticas de preservação e assegurar o uso sustentável dos recursos marinhos.
A relação da limnologia com a oceanografia
Embora a oceanografia foque no estudo dos oceanos e mares, ela tem relação também com a limnologia, que se trata do estudo das águas continentais, como rios e lagos.
Essas duas ciências se complementam, uma vez que muitos rios e lagos acabam desaguando nos oceanos, levando sedimentos e nutrientes, mas levam ainda poluentes que geram impactos na salinidade e na temperatura da água marinha. Entender esses fluxos é fundamental na gestão dos recursos hídricos e minimização da poluição marinha.
A limnologia ainda ajuda na compreensão de ecossistemas de água doce que impactam a vida marinha costeira, afetando desde o plâncton até os habitats de manguezais. A integração de tais disciplinas possibilita uma visão abrangente a respeito de como o ciclo hidrológico e as atividades humanas acometem o oceano e os mares de maneira direta e indireta.
Desafios e oportunidades no estudo dos oceanos
A oceanografia tende a enfrentar muitos desafios. E dentre esses desafios há a necessidade de maior financiamento em pesquisas e a captação de dados em regiões profundas e de difícil acesso, a exemplo das fossas oceânicas.
Contudo, ocorre a expansão do alcance das pesquisas das plataformas submarinas automatizadas e dos sensores de temperatura da água e salinidade. No entanto, a poluição marinha e o aquecimento global seguem representando grandes ameaças.
Mas há novas tecnologias abrindo oportunidades para estudos mais concisos e abrangentes. O desenvolvimento de submarinos capazes de atingir elevada profundidade, podendo assim mapear detalhadamente as bacias oceânicas e fossas, é algo que permite avanços significativos no entendimento da batimetria.
Além do mais, há a colaboração entre oceanógrafos, meteorologistas e demais especialistas. E essa colaboração fortalece a capacidade de previsão de desastres naturais, como ciclones e tsunamis, auxiliando na elaboração de medidas para a redução de seus impactos.
SOUSA, Priscila. (22 de Abril de 2025). Oceanografia - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/oceanografia