Buraco negro, de acordo com cientistas, se trata de um bolsão de matéria com muita densidade. Ela se caracteriza como uma região do espaço que possui um campo gravitacional com tamanha intensidade que nada escaparia de dentro dele, nem mesmo a luz.
O que ocorre nos buracos negros é que a gravidade extrema faz com que a matéria ali se comprima ao ponto de não existir mais espaço entre os átomos, que são a unidade básica da matéria.
De acordo com a sua formação, os buracos negros são classificados nos seguintes grupos: estelares (constituídos por meio de estrelas e sendo um buraco negro de massa estelar) ou supermassivos (não constituídos por meio de estrelas).
Buracos negros e a Teoria da Relatividade Geral
Para se entender sobre o buraco negro, antes é necessário entender a chamada de Teoria da Relatividade Geral, criada no começo do século 20 pelo físico teórico alemão Albert Einstein. De acordo com ele, o Universo existia numa geometria que era quadrimensional, qual recebeu o nome de espaço-tempo.
De acordo com o físico, o tempo se tratara de uma dimensão, não sendo, por tanto, absoluto. Sendo uma dimensão, assim como a altura, a largura e também a profundidade, então ele era relativo.
Mas como apenas esse conhecimento não ajudaria a explicar o que acontecera no espaço, ele adicionou a essa hipótese a gravidade, que precisaria da massa dos objetos.
A existência de corpos com quantidade expressiva de massa então curvaria tal espaço-tempo, ao que se dá o nome de campo gravitacional.
Quanto mais massa, então maior seria esse campo/curvatura e maior também a distorção do tempo e espaço. Com isso, no Sol, por exemplo, o tempo fluiria mais devagar do que fluiria na Terra.
E assim Einstein foi capaz de prever a existência dos buracos negros no ano de 1916. Porém, naquela época, o físico ainda não tinha plena certeza dessa sua teoria. Porém, décadas mais tarde, cientistas comprovaram a teoria dele.
O primeiro buraco negro fotografado
A primeira foto obtida de um buraco negro foi apresentada em 10 de abril de 2019 pela Comissão Europeia. Essa descoberta foi possível através do telescópio Event Horizon (EHT), que se tratara de um projeto onde oito telescópios se interligaram, contando com a cooperação de mais de 200 pesquisadores.
Esse buraco negro fotografado fora encontrado no cerne da galáxia Messier 87, ou M87, que está a aproximadamente 53 milhões de anos-luz da Terra.
Em 2024, ainda, foi realizada a primeira observação direta da chamada “região de mergulho” de um buraco negro, trazendo evidências observacionais nunca antes vistas num estudo liderado por Andrew Mummery.
Antes dessa descoberta, havia apenas retratações dos buracos negros em animações e concepções artísticas. E quanto às concepções artísticas, aquela que mais se aproximou da realidade foi realizada pela direção de arte do filme Interestelar através de cálculos do físico Kipp Thorne, com a direção de Christopher Nolan.
Mas também fora encontrado um buraco negro mais perto da Terra, o qual recebeu o nome de Unicórnio. Ele encontra-se a cerca de 1,5 mil anos-luz do planeta e é ainda o menor já registrado.
A formação do buraco negro
O buraco negro, que é classificado como um corpo celeste, é formado com a morte de estrelas supermassivas. Acontece que os restos condensados dessas estrelas de grande porte, sendo ao menos a massa de três sois do tamanho do Sol do sistema solar qual nós vivemos, compõem boa parte dos buracos negros.
As estrelas são mantidas por meio de um fenômeno que recebe o nome de fusão nuclear. Nessa fusão, o hidrogênio nos seus núcleos se funde e forma o hélio. Esse processo elimina uma quantidade imensa de energia, transformando em luz uma pequena quantidade de massa. Em seguida, tal energia liberada concede para as estrelas o seu brilho natural.
Porém, assim como todo combustível, o hidrogênio que existe nas estrelas é finito, se esgotando com o tempo. Quando acontece isso, então é causado um desequilíbrio entre a força da gravidade, que arisca a compressão da estrela, e a pressão provocada pelas reações nucleares, que sustenta sua estabilidade. Esse desequilíbrio culmina no colapso do núcleo da estrela.
Para estrelas onde a massa é similar ou menor que a do nosso Sol, o colapso gravitacional gera a formação de uma anã branca. Essa anã branca se trata de uma estrela compacta e densa, formada em especial por hélio e carbono. Mas essa emite pouca ou mesmo nenhuma luz própria, representando o final da evolução dessas estrelas.
Contudo, no caso daquelas estrelas mais massivas, que contam com uma massa superior a 10 sóis, o final é diferente. Quando tais estrelas chegam no fim de sua vida, há um colapso gravitacional tão forte que as mesmas explodem numa supernova. Durante a supernova, a estrela elimina uma quantidade enorme de energia e material no espaço circundante.
Depois da explosão, o que resta da estrela se transformaria em um objeto fascinante e misterioso nomeado de buraco negro.
SOUSA, Priscila. (28 de Maio de 2024). Buraco negro - O que é, teoria, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/buraco-negro