Separação refere-se à divisão ou afastamento entre entidades, ideias ou mesmo objetos. E o termo se aplica nos mais variados contextos e situações.
Nas relações humanas, a separação indicaria a finalização de um vínculo afetivo ou a dissolução da parceria. A exemplo do divórcio e do término de parcerias de trabalho.
Já na física, o termo se aplica para se referir a divisão de substâncias ou de partículas. No âmbito jurídico, por sua vez, ele surge para remeter à dissolução de laços matrimoniais. E nos contextos sociais, a separação envolveria distinções ou segregações.
Mas o termo ainda surgiria na tecnologia, significando a segmentação de dados ou de componentes.
Desse modo, a separação compreende diferentes aspectos, resultando em divisões físicas, legais, conceituais, entre outras, e em variados domínios da vida.
Separação em relacionamentos
A separação é um termo comum nos relacionamentos. Ela designa um processo onde duas pessoas decidem findar sua sua união afetiva e, por vezes, legal.
O ato de separa nesse contexto seria causada por diversos fatores, tais como: divergências irreconciliáveis, mudanças individuais que comprometem a dinâmica do casal, falta de comunicação e mais.
A decisão por ser separar envolveria uma avaliação acautelada das necessidades de cada um e da viabilidade de manter a relação. Mas em muitos casos, o casal teria se separado de modo turbulento.
Esse processo tende a ser emocionalmente desafiador, onde ambas as partes envolvidas ou apenas uma delas sentiria tristeza, raiva e, em certos casos, alívio, caso o relacionamento seja abusivo ou sufocante.
Mas a separação não resulta somente na interrupção do convívio. Ela ainda implicaria na redefinição de papéis, responsabilidades, etc. Se trata então de um momento de reavaliação, introspecção e de crescimento individual.
A abordagem respeitosa e amigável numa separação facilitaria o processo para ambas as partes. Com isso o casal, seja de namorados, noivos ou cônjuges (casados) teria a possibilidade de construir um futuro saudável mesmo depois do término da relação.
Separação de bens
Dá-se o nome de separação de bens para o regime matrimonial onde os cônjuges conservam propriedades e finanças independentes ao longo do casamento.
Nesse caso, os ativos e passivos obtidos tanto antes quanto durante a união serão de propriedade exclusiva de cada cônjuge, não existindo a comunhão total de bens (que é quando o patrimônio individual compõe o patrimônio total do casal).
Com a separação de bens, no caso de divórcio ou falecimento, os bens seguem separados, sendo distribuídos segundo a titularidade original.
Esse modelo proporciona autonomia financeira para os parceiros, podendo ainda proteger o patrimônio individual nas situações legais complexas. Com ele se tem uma clara delimitação quanto as responsabilidades financeiras no casamento.
Separação de misturas (na química)
A separação de misturas surge na química. Ali ela se trata de um conjunto de técnicas aplicadas para separar diferentes substâncias, sendo que com isso se obtém o componente que é o ponto principal.
Métodos como filtração, destilação, decantação e centrifugação são empregados baseando-se nas propriedades físicas características de cada componente.
A filtração se trata de um método físico usado para separar misturas heterogêneas (com duas fases). Seu foco é separar sólidos insolúveis dos líquidos. Nesse processo, a mistura é passada através de um filtro, que se trata de um material poroso, onde estão retidas as partículas sólidas suspensas, mas a líquida ou gasosa passa pelo filtro.
Já a destilação aproveita os variados pontos de ebulição das substâncias a fim de separar líquidos miscíveis (que formam uma mistura homogênea).
A decantação, por sua vez, utiliza a diferença de densidade no processo de separação de líquidos imiscíveis. Já a centrifugação adota a força centrífuga na separação de componentes de variadas densidades.
Tais técnicas são importantes em laboratórios e na indústria, ajudando na purificação de substâncias e de investigação de compostos complexos.
Separação na política com os movimentos separatistas
Na política, os movimentos separatistas remetem a busca, de uma região ou grupo, por autonomia ou independência em um Estado soberano.
E esses movimentos aparecem por conta das diferenças étnicas, religiosas, culturais ou econômicas, o que levaria comunidades a discutir a separação e a constituição de um novo país.
Dentre os exemplos nesse aspecto há como citar a busca de independência da Catalunha na Espanha, com atuação por vias política, o movimento curdo no Oriente Médio e, ainda, a tentativa de secessão da Chechênia da Rússia (que inclusive culminou em guerra).
Em outros casos, houveram movimentos separatistas que atuaram por meio de terrorismo. Esse foi o caso da formação de grupos armados, como no caso da Euskadi Ta Askatasuna (ETA – Pátria Basca e Liberdade).
Esses processos comumente envolvem desafios legais, políticos e também diplomáticos. E o foco com isso é o reconhecimento internacional.
Os movimentos separatistas ainda trazem à tona debates a respeito de soberania, identidade cultural e outros temas, com destaque para as complexidades intrínsecas à governança e coesão nos Estados multiculturais.
Termos usados como sinônimo de separação são: rompimento, corte, desconexão, distanciamento, desmembramento, separatismo, etc.
SOUSA, Priscila. (26 de Janeiro de 2024). Separação - O que é, na política, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/separacao