Terapia ocupacional é uma disciplina que visa na instrumentação das ocupações para o tratamento da saúde humana e na saúde mental. O terapeuta ocupacional trabalha pelo bem-estar biopsicossocial, ajudando o indivíduo a alcançar uma postura ativa no que diz respeito às suas capacidades e a poder alterar as suas habilidades limitadas.
Noutros termos, a terapia ocupacional procura ajudar as pessoas com limitações físicas ou mentais possa a terem uma vida independente e a valorizarem o seu próprio potencial. A terapia ocupacional pode ajudar no tratamento de lesões cerebrais e da medula espinal, na doença de Parkinson, na paralisia cerebral e na reabilitação de fraturas.
Esta modalidade recorre a várias atividades para ajudar o indivíduo a adaptar-se de forma eficaz no seu meio físico e social.
Não se deve entender por ocupação trabalho ou emprego, mas todas as tarefas em que o paciente esteja envolvido. Estas ocupações variam consoante a idade: no caso da terapia ocupacional para crianças, as ocupações relevantes consistem em brincadeiras e na aprendizagem, por exemplo.
Desta forma, a terapia ocupacional é responsável pela prevenção, pelo diagnóstico funcional, pela pesquisa e pelo tratamento das ocupações quotidianas em diferentes áreas, tais como cuidados pessoais (alimentação, higiene), entretenimento (jogos e atividades de lazer) e produtividade (atividades escolares ou de trabalho).
Por fim, importa salientar que o terapeuta ocupacional deve cumprir três etapas de formação: uma fase médica (relacionada com as ciências médicas básicas), o estudo das atividades terapêuticas para os tratamentos de reabilitação e a prática clínica.
Ansiedade e transtorno de ansiedade e a terapia ocupacional
A ansiedade se trata de uma resposta natural diante do estresse e pode ser benéfica em determinadas situações, ajudando a prevenir perigos e a estimular a ação. Mas quando ela foge do controle, então se torna uma doença, sendo essencial a terapia ocupacional. A seguir explicamos como a ansiedade e quando essa se torna um problema.
Ansiedade ou ansiedade normal
A ansiedade normal é algo momentâneo, geralmente situacional, e a mesma não causa interferência importante nas atividades do dia a dia. Um exemplo seria quando uma pessoa se sente ansiosa antes de um exame ou uma apresentação em público, esse tipo de ansiedade pode até mesmo melhorar o desempenho ao elevar a concentração e a preparação.
Um exemplo seria de uma pessoa que precisa apresentar um projeto importante a um grande público. É natural que essa pessoa se sinta ansiosa, o que a levaria a se preparar melhor e ensaiar mais vezes, elevando suas chances de sucesso com essa apresentação.
A ansiedade possui três elementos principais, que é o elemento emocional, fisiológico e também o cognitivo.
Voltando ao exemplo da apresentação, a pessoa poderia sentir nervosismo e preocupação (remetendo ao emocional), sentir o coração disparar e ter as mãos suadas (um sinal fisiológico) e ter pensamentos que a deixem inquieta, como pensar que pode esquecer algo da apresentação (componente cognitivo).
Como se pode ver, a ansiedade normal é temporária e até ajuda um indivíduo a se preparar para situações adversas do seu cotidiano. Sintomas como palpitações, ausência de sono e mudanças no apetite são comuns, porém elas devem passar assim que essa preocupação se finda.
Transtorno de ansiedade generalizada
Em contraste com a ansiedade normal, a ansiedade patológica, ou mesmo transtorno de ansiedade, é algo mais intenso. Esse tipo é persistente e desproporcional quanto à situação vivenciada. Ela gera sofrimento expressivo e danos nas atividades do dia a dia, como trabalho, estudo e mesmo relações pessoais.
Pessoas que tenham transtorno de ansiedade tendem a experimentar sintomas físicos e também psicológicos sem uma causa aparente. E dentre os sintomas físicos há tremores, sudorese e também palpitações. Já no caso dos psicológicos, se tem como exemplo o medo intenso, uma preocupação excessiva, além de uma sensação de perigo iminente.
Como citado, o transtorno de ansiedade generalizada pode ser provocado por eventos mínimos ou não haver um motivo aparente. E esse tende a durar por períodos mais longos, de meses até anos, exigindo que haja uma intervenção médica ou psicológica para que se controle e trate dele eficazmente.
E no trabalho é comum que esse tipo de ansiedade se desenvolva com mais facilidade. Desse modo, a terapia ocupacional ajudaria a tratar a pessoa que sofre com isso.
Equipe editorial de Conceito.de. (4 de Fevereiro de 2013). Atualizado em 9 de Julho de 2024. Terapia ocupacional - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/terapia-ocupacional