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Falsidade

falsidade
O termo falsidade designa o ato de ocultar a verdade ou contar algo que é inverídico

Falsidade, derivada de um termo em latim, se trata de um conceito multifacetado. Mas, de modo geral, ele se aplica para denominar o ator de distorcer ou ocultar a verdade a fim de enganar, manipular ou também de prejudicar outras pessoas.

Quando uma pessoa é falsa, esse é um comportamento que pode assumir distintas formas: de uma simples mentira a fraudes complexas.

A falsidade, nas suas distintas manifestações, abarca ações como dissimulação, trapaça, falsificação e também manipulação. Se traduz em uma prática marcada pela desonestidade e pode, ainda, ter consequências no âmbito pessoal e jurídico, a depender do contexto onde ocorre.

Falsidade e mentira

A falsidade é constantemente ligada à mentira, que se trata de uma de suas formas mais comuns.

Mentir implica em afirmar algo que se tem conhecimento de que é uma inverdade, tendo com isso a intenção de levar alguém a cometer um erro ou se encontrar numa situação de perigo.

Nesse contexto, a falsidade está ligada ao engano, já que quem mente quer manipular a percepção da realidade que outra pessoa tem.

A dissimulação, que é uma forma sutil de falsidade, surge também. Dissimular é quando alguém oculta as suas reais intenções, agindo de maneira contrária ao que pensa ou sente, fazendo os outros acreditarem numa versão distorcida da verdade.

E a mentira pode ainda ser um elemento central na traição e hipocrisia.

No caso da traição, ela compreende a quebra de confiança, algo resultante de um ato enganoso. Já a hipocrisia sucede se uma pessoa finge possuir valores, crenças ou comportamentos que, na verdade, não pratica, agindo incoerentemente com suas reais convicções. Nesses dois casos, a falsidade se mostra em um comportamento desonesto e também enganador.

Falsidade como crime

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A falsidade pode ainda se configurar em um ato criminoso

Em diversos casos, a falsidade ultrapassa o âmbito pessoal, configurando então como crime, especialmente se envolve fraude ou falsificação.

A fraude se caracteriza como um ato de trapaça intencional focado em obter vantagem ou prejudicar alguém. E para isso se usam meios enganosos.

Já a falsificação, de documentos ou de informações, compreende a criação ou a alteração de um documento ou objeto visando fazer parecer legítimo aquilo que não é.

A chamada falsificação documental é um crime frequente em casos de contratos, identidades e demais documentos legais. E ela é tida como uma forma grave de falsidade.

A falsidade ideológica é mais um crime relacionado a falsidade. Ela sucede quando alguém implanta informações falsas nos documentos públicos ou particulares, visando manipular os dados em prol de obter vantagens ou prejudicar terceiros.

Esse tipo de crime pode acontecer em declarações falsas, contratos e demais registros formais, onde a manipulação dos fatos possui consequências legais e financeiras.

Demais crimes de falsidade compreendem: calúnia, difamação e injúria.

A calúnia acontece no momento em que uma pessoa acusa falsamente alguém de ter cometido um crime. Ao passo que a difamação é a propagação de informações falsas sobre um indivíduo, manchando a sua reputação. A injúria, por fim, compreende ofensas diretas à honra de alguém, podendo se fundamentar em inverdades.

Todos esses constituem-se em formas de falsidade que comprometem a imagem e a integridade da vítima, sendo passíveis de punição legal.

Falsidade no sistema jurídico

No âmbito jurídico, a falsidade possui consequências graves, ainda mais se tratando de testemunhos e declarações.

Existe, nesse caso, o perjúrio, o qual se traduz em um exemplo clássico de falsidade legal, sucedendo no momento em uma pessoa, debaixo de juramento, mente ou esconde a verdade num tribunal.

O perjúrio é tido como um crime grave, pois compromete a integridade do sistema judiciário. E ele ainda é capaz de influenciar de forma direta no resultado de julgamentos e processos legais.

Além do mais, a falsificação de provas ou também a manipulação de informações nas investigações judiciais se caracteriza em exemplos de falsidade, os quais trariam danos graves a justiça.

Em diversos casos, tais práticas levariam à condenação de pessoas inocentes. Elas ainda poderiam absolver culpados, o que minaria a confiança no sistema legal. A manipulação, em tal contexto, se trata de uma ferramenta usada por quem quer distorcer a realidade a seu favor, mudando a percepção dos fatos.

Impacto da falsidade nas relações sociais

A falsidade ainda pé algo que afeta significativamente as relações sociais. O fingimento, que compreende o ato de se comporta de modo falso ou insincero, corrói a confiança entre as pessoas.

Essa é uma prática que gera insegurança, desconfiança e, ainda, a degradação das relações.

A falsidade, se descoberta, tende a causar ressentimento e acabar com laços de amizade, familiares e até profissionais.

A desonestidade nas relações interpessoais costuma resultar em traição, que se caracteriza num dos atos mais dolorosos que uma pessoa pode sofrer, pois abarca a quebra de confiança por parte daquele em quem se depositava fé.

Também nesse âmbito, há a manipulação emocional como uma forma comum de falsidade. Ela é usada por quem busca controlar ou influenciar o comportamento dos outros através de enganos ou distorcendo a verdade.

A falsidade pode, então, manifestar-se em pequenos atos do dia a dia, a exemplo de uma mentira inocente, em projetos mais elaborados de fraude e falsificação.

Citação

SOUSA, Priscila. (5 de Novembro de 2024). Falsidade - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/falsidade