Efeito colateral é o efeito indesejado e intenciona que pode suceder depois de administrar um medicamento ou droga.
Formado pelos termos efeito, que designa o que é produzido por uma consequência ou causa, e colateral, que significa “paralelo” ou “que sucede de forma indireta”.
Os efeitos colaterais diferem dos efeitos terapêuticos desejados, que são os efeitos principais almejados com o tratamento de uma condição médica. E é ainda importante relatar que os efeitos colaterais variam em intensidade e manifestação, podendo acometer diferentes sistemas do corpo e gerando uma variedade de sintomas, que podem ser físicos e/ou psicológicos.
Além disso, podem haver efeitos colaterais mais agravantes no caso de pessoas com doenças pré-existentes. E nesses casos é extremamente necessário que o paciente esteja acompanhado por um médico.
Farmacologia e efeitos colaterais
A farmacologia é a ciência responsável por estudar os efeitos das drogas e medicamentos no organismo. Ela analisa como a interação das substâncias com o corpo humano, da absorção até a eliminação, e como tais interações geram respostas terapêuticas ou adversas. A compreensão da farmacologia quanto aos efeitos colaterais é importante para o desenvolvimento e o uso seguro dos diferentes medicamentos.
No processo de desenvolvimento de medicamentos, ocorre o estudo dos efeitos colaterais em várias etapas, especialmente em ensaios clínicos. Os ensaios clínicos são realizados em diferentes fases a fim de avaliar a eficácia e a segurança dos medicamentos.
Inicialmente, os pesquisadores focam principalmente na determinação da dosagem correta e em identificar os efeitos colaterais mais comuns e que são menos graves.
Conforme o medicamento avança até as subsequentes, uma quantidade maior de pacientes é recrutada para prover informações mais abrangentes quanto aos efeitos, incluindo os efeitos graves e raros.
Tipos de efeitos colaterais
Há como classificar efeitos colaterais em diferentes tipos: físicos, psicológicos, graves e raros.
Os efeitos colaterais físicos comuns são: dor de cabeça, fadiga, náuseas, vômitos e outros. Os mesmos podem variar segundo o medicamento utilizado.
Enquanto isso, os efeitos colaterais psicológicos envolveriam alterações de humor, insônia, ansiedade, etc.
Já os efeitos colaterais graves e raros são os representam uma ameaça à vida do paciente. Eles ainda geram danos significativos aos órgãos. Os mesmos tendem a incluir: toxicidade hepática, reações alérgicas graves acometimentos no sistema cardiovascular, entre outros.
Os efeitos colaterais e a farmacovigilância
A segurança do paciente se trata de preocupação fundamental ao usar medicamentos. Por isso, é necessário que os profissionais de saúde tenham ciência dos potenciais efeitos colaterais e compreendam como monitorá-los.
É importante também que haja a comunicação entre médico e paciente, sendo algo essencial para proporcionar informações sobre os possíveis efeitos colaterais, inclusive os sinais de alerta e ações para realizar no caso de alguma ocorrência.
Nesse caso, a chamada farmacovigilância possui um papel muito importante na identificação e monitoramento de reações adversas a medicamentos. A mesma se configura num sistema compreendendo coleta, análise e avaliação de informações em relação a segurança dos fármacos, focando em minimizar riscos e promover o uso adequado dos medicamentos.
As agências reguladoras, a exemplo da FDA nos Estados Unidos, atuam na realização de monitoramentos da segurança e da eficácia dos medicamentos que serão postos no mercado. Esses órgãos ainda são os responsáveis por adotar medidas regulatórias se forem identificados efeitos colaterais graves, por exemplo.
Os riscos do uso de medicamentos
É importante destacar que os medicamentos possuem benefícios terapêuticos expressivos, contudo também podem apresentar riscos potenciais, além dos efeitos colaterais. Por isso é importante que haja uma prescrição médica sempre, levando em conta as contraindicações, a dosagem correta e as interações medicamentosas, tudo isso ajuda a diminuir os riscos.
Os pacientes também terão que seguir as instruções de uso do medicamento a fim de que o tratamento proceda bem. Além do mais, eles devem relatar para o profissional de saúde se houver qualquer efeito colateral.
Em certos casos, a existência de efeitos colaterais seria em virtude de fatores individuais, como a resposta única de cada paciente a um medicamento. Além disso, existem os casos de uso indevido, como a automedicação, o abuso ou a overdose de medicamentos, que aumentariam expressivamente o risco de efeitos colaterais mais graves.
Dentre os medicamentos que podem gerar efeitos colaterais há: anestésicos, antidepressivos, antibióticos, analgésicos, medicamentos de quimioterapia, esteroides, vacinas, imunossupressores, anticoagulantes, etc.
Diferença entre efeito colateral e efeito adverso
Mesmo que os termos “efeito colateral” e “efeito adverso“ sejam comumente usados como sinônimos, eles têm significados ligeiramente distintos. A diferença entre efeito colateral e efeito adverso se encontra na previsibilidade e na intencionalidade do efeito que se deseja.
Os efeitos colaterais são efeitos indesejados, porém previsíveis, os quais sucedem além dos efeitos terapêuticos desejados. Enquanto isso, os efeitos adversos compreendem qualquer resposta prejudicial e que não é intencional a um medicamento, seja ela esperada ou não. Ambos os termos são cruciais na avaliação da segurança e da eficácia de um medicamento.
SOUSA, Priscila. (6 de Julho de 2023). Efeito colateral - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/efeito-colateral