Recluso é um termo usado como sinônimo de presidiário: a pessoa que se encontra a cumprir pena de prisão. Outros termos equivalentes são preso e prisioneiro.
Exemplos: “O condenado conseguiu escapar da cadeia por uma janela”, “O suspeito é um ex-presidiário que recuperou a liberdade há dois meses”, “A mulher costumava visitar na prisão um presidiário pelo qual se havia apaixonado após ter trocado correspondência durante um tempo”.
Em muitos países, tornar-se recluso é considerado o castigo mais duro que se possa aplicar um juiz ou um tribunal. Esta sanção implica a privação da liberdade: o recluso deve permanecer na prisão até cumprir a sua pena ou até obter algum benefício judicial que lhe permita recuperar a liberdade com antecedência.
Suponhamos que um homem intercepta uma mulher na rua e dispara para lhe roubar a carteira. A vítima acaba por falecer na sequência do disparo. Após ser apanhado pela policia, o assassino é condenado a vinte anos de prisão pelo homicídio. Isto significa que, durante esse período, o homem será um presidiário: não terá a liberdade de ir onde desejar, ou permanecerá fechado na prisão.
Viver recluso
Viver recluso significa ter uma existência isolada e distante da sociedade. E essa decisão se dá, em muitos casos, por escolha própria ou também devido a circunstâncias externas.
Essa condição resulta em limitações nas interações sociais e também na participação em atividades do dia a dia. Pode ser ocasionada por questões de saúde mental, devido a procura por introspecção, uma reclusão voluntária ou mesmo em virtude de imposições legais.
A vida reclusa pode ter duas faces: uma delas traria para o indivíduo paz interior, já a outra o levaria ao isolamento e à desconexão com a sociedade.
É então uma experiência que muda em intensidade, afetando o bem-estar emocional e a perspectiva que a pessoa possui do mundo. Logo, a orientação é que se equilibre os momentos de solidão com a necessidade (de todo ser humano) de conexão em prol de um desenvolvimento saudável.
Reclusão na psicologia
No campo da psicologia, o estar recluso seria uma condição analisada sob distintas perspectivas.
O isolamento por vontade própria tende a refletir a busca pelo autoconhecimento e a introspecção, sendo tido como um mecanismo de defesa contra os estímulos externos. Contudo, se a reclusão é involuntária, a exemplo dos casos de transtornos mentais, então isso indicaria dificuldades sociais, ansiedade ou mesmo depressão.
A psicologia investiga a relação entre a reclusão e a saúde mental, ressaltando os impactos na cognição, nas emoções e nos comportamentos sociais. A falta de interações sociais tende a favorecer o desenvolvimento de problemas psicológicos, ao passo que um equilíbrio saudável entre solidão e conexão social ajudaria no bem-estar psicológico.
Portanto, compreender os motivos por trás da reclusão é fundamental para oferecer suporte psicológico adequado e promover uma reintegração social mais positiva.
Auxilio-reclusão
No Brasil, existe o chamado auxílio-reclusão. Esse se trata de um benefício previdenciário concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O mesmo é destinado para os dependentes de quem é segurado do INSS e foi preso em regime fechado, desde que o segurado receba benefício previdenciário, como auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.
Para ter direito a esse auxílio, caberá ao segurado contribuir para o INSS ou ter qualidade de segurado na data de sua prisão. Além do mais, o valor do benefício é calculado segundo a média de contribuição do segurado.
Mas o auxílio-reclusão é um benefício concedido para os dependentes do segurado e não ao segurado que está preso. Os dependentes desse incluem: cônjuge, filhos com até 21 anos, filhos de qualquer idade que tenham alguma deficiência, companheiro (em união estável).
Equipe editorial de Conceito.de. (17 de Janeiro de 2017). Atualizado em 22 de Dezembro de 2023. Recluso - O que é, na psicologia, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/recluso