Juro, para além de corresponder à forma conjugada do verbo “jurar” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, tem outras acepções possíveis. Por um lado, no sentido figurado, refere-se a uma forma de recompensa. A título de exemplo, as expressões juro moratório e à razão de juros dizem respeito a “indemnização pelo atraso de um pagamento” e “sem juízo”, respectivamente.
Por outro lado, juro é uma noção utilizada na economia e nas finanças para mencionar a utilidade, o ganho, o valor ou o rendimento de algo. Também se refere ao lucro produzido pelo capital.
O juro é um índice que é expresso com uma percentagem sobre o valor emprestado ou investido, consoante o caso, e que é utilizado para calcular quanto poderá render um plano de poupança ou qual será o custo de um crédito: “O último fundo investido rendeu-me 10,1% em juros anuais”, “O crédito é concedido unicamente a uma taxa de juro de 25% acrescida das quotas fixas”.
Esta noção de juro (a mais usual, por sinal) indica que quantidade de dinheiro se obtém (ou que é preciso pagar) num determinado período de tempo. Um crédito bancário de 1.000 euros com uma taxa de juro anual de 10% implica que, no fim de doze meses, a pessoa (o tomador do empréstimo) terá de devolver 1.100 euros ao banco (o credor).
Posto isto, o juro permite calcular quanto poderá render um investimento bancário. Um prazo fixo de 2.500 euros por ano com uma taxa de juro anual de 15% resulta num lucro de 375 euros.
Taxa de juros
Dá se o nome de taxa de juros para o percentual que uma entidade, como no caso se um banco ou uma empresa, cobra no valor emprestado ou paga ao depositante. Ela atua como uma compensação pelo uso do dinheiro ao longo do tempo.
No contexto de empréstimos, caracteriza-se como taxa de juros o custo de tomar dinheiro emprestado. E esse custo pode ser alto ou não.
E no caso de quem já investe, ela simboliza o retorno sobre o capital aplicado. A taxa de juros pode ser fixa (sendo a mesma o longo do período do empréstimo) ou variável (mudando segundo os índices econômicos, como no caso da taxa Selic no Brasil).
Juros compostos
Os juros compostos são os juros calculados sobre o valor inicial e sobre os juros acumulados dos períodos anteriores. Esse tipo de juro é conhecido ainda como juros sobre juros.
Nesse tipo, o montante cresce exponencialmente de acordo o tema, resultando em retornos ou custos dependendo da situação. A fórmula para calcular os juros compostos é a seguinte:
𝑀 = C (1+𝑖)𝑡
Onde:
- M é o montante final;
- C se trata do capital inicial;
- i é a taxa de juros;
- t é o tempo.
Essa modalidade de cálculo é comum em investimentos de longo prazo, como é o caso dos fundos de investimento e da previdência privada, por causa ao efeito exponencial.
Juros simples
Nos juros simples, se realiza o cálculo apenas sobre o valor principal (sobre o capital original investido ou emprestado). E para esse tipo a fórmula é mais simples:
𝐽 = C⋅𝑖⋅𝑡
Onde:
- J é o valor dos juros;
- C se trata do capital principal;
- i é a taxa de juros;
- t é o tempo.
Os juros simples são frequentes no caso de financiamentos de curto prazo e também nas operações comerciais. Eles concedem um crescimento linear, diferenciando-se dos juros compostos, que crescem de forma mais acelerada.
Juro como verbo
O termo “juro” designa o ato de jurar, de prometer ou afirmar algo de forma solene, comprometendo-se com a verdade ou fidelidade de uma declaração. Essa prática tende a ocorrer em contextos formais, como nos tribunais, em que alguém jura dizer a verdade, ou nos compromissos públicos e religiosos, como nas cerimônias de posse ou casamentos.
Ao jurar, o indivíduo assume uma responsabilidade moral ou legal a respeito do que foi dito ou prometido. Por vezes isso se dá com uma invocação divina ou mesmo de princípios éticos que fortalecem o compromisso com a verdade.
Equipe editorial de Conceito.de. (4 de Maio de 2011). Atualizado em 18 de Setembro de 2024. Juro - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/juro