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Oxigenoterapia

oxigenoterapia
A oxigenoterapia supre os níveis de oxigênio no sangue

Oxigenoterapia é a administração de oxigênio suplementar a fim de suprir níveis baixos de oxigênio no sangue. Esse tratamento é utilizado para uma vasta variedade de condições, tais como problemas pulmonares crônicos, lesões traumáticas, doenças cardíacas e mais.

Sobre sua administração

A oxigenoterapia pode ser administrada de distintos modos, incluindo por meio de uma máscara facial, uma cânula nasal, um balão de oxigênio, por ventilação mecânica ou um cateter nasal, por exemplo. A escolha do método dependerá da gravidade da condição de quem será tratado, da idade e outros fatores.

Os objetivos da oxigenoterapia são vários, tais como: melhorar a oxigenação dos tecidos do corpo, reduzir o trabalho respiratório e o esforço do coração para bombear sangue oxigenado, etc. Essa terapia ajuda ainda a reduzir a fadiga muscular e a melhorar a função cerebral, fornecendo mais oxigênio ao cérebro.

A oxigenoterapia pode ser prescrita para pacientes com uma ampla variedade de condições, tais como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), pneumonia, insuficiência cardíaca, lesão cerebral traumática, enfisema pulmonar, asma, fibrose pulmonar cística, insuficiência respiratória e hipertensão pulmonar, por exemplo. Ela ainda dá suporte para tratar a apneia do sono.

Esse tratamento ainda é indicado para pacientes que se recuperam de cirurgias ou outras intervenções médicas que afetem a respiração. Alguns pacientes com doenças crônicas, como no caso da DPOC, podem ter que realizar oxigenoterapia contínua em casa ou em algum ambiente de cuidados prolongados.

Tipos de oxigenoterapia

Dentre os principais tipos de oxigenoterapia há:

  • Oxigenoterapia de baixo fluxo: esse tipo oxigênio fornece oxigênio a uma taxa de fluxo baixo por minuto. Ela é usada para tratar pacientes com hipoxemia leve a moderada (menos deficiência de oxigênio no sangue) e geralmente é administrado por meio de uma cânula nasal ou por máscara facial;
  • Oxigenoterapia de alto fluxo: já esse tipo fornece oxigênio a uma taxa de fluxo maior por minuto. Ela é usada para tratar pacientes com hipoxemia grave e pode ser administrada por meio de uma máscara especial (máscara de Venturi) e deve ser feita apenas por profissionais de saúde e num ambiente hospitalar;
  • Oxigenoterapia hiperbárica: por fim, há a oxigenoterapia hiperbárica, que envolve a administração de oxigênio a uma pressão que é de duas a três vezes mais alta do que a pressão atmosférica em relação ao nível do mar. Esta terapia é usada para tratar condições como infecções, envenenamento por monóxido de carbono e para normalizar cicatrizações. O paciente é posto numa câmara hiperbárica para esse tratamento.

Riscos desse tipo de procedimento

A oxigenoterapia se trata de um procedimento geralmente seguro e bem tolerado, mas como qualquer tratamento médico, pode haver riscos e efeitos colaterais.

Dentre as possíveis complicações desse tratamento há: a toxicidade do oxigênio, que se daria quando os níveis de oxigênio no sangue se tornassem muito altos, secura ou irritação na boca, nariz ou garganta, devido ao uso do um cateter nasal ou da cânula, entre outros.

A fim de minimizar tais riscos, os pacientes teriam que receber supervisão e orientação adequadas ao usar esse tratamento. Os pacientes terão então que seguir as instruções do médico ou do enfermeiro sobre a dosagem e a duração da oxigenoterapia, assim como o uso e cuidados com os equipamentos.

A oxigenoterapia é uma terapia essencial e eficaz para diversas condições médicas. Ela tende a trazer melhorias para a oxigenação dos tecidos do corpo, confere redução da fadiga muscular, melhorar a função cerebral e aliviar o trabalho dos pulmões e do coração. Mesmo que tal terapia apresente riscos e efeitos colaterais, eles podem ser minimizados através do uso adequado e da supervisão de um médico.

Os limites da oxigenoterapia

conceito de oxigenoterapia
O tratamento com oxigênio é ideal para diversas condições

Mas é importante lembrar que esse procedimento não é uma cura para as condições médicas subjacentes. Ele se trata de um tratamento que ajuda a melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente.

É de suma importância que os pacientes sejam avaliados adequadamente para determinar se a oxigenoterapia é o tratamento apropriado para eles. Do mesmo modo que é necessário saber o nível de oxigênio que é necessário para tratar sua condição.

A oxigenoterapia também pode ser essencial situações de emergência, como quando há lesões traumáticas graves ou queimaduras, por exemplo, onde a falta de oxigênio pode ameaçar a vida do paciente.

Em casos de hipóxia (quando o corpo não recebe oxigênio suficiente) a oxigenoterapia seria a única forma de fornecer oxigênio suficiente para o corpo do paciente, evitando danos irreparáveis aos órgãos.

Além disso, essa terapia ainda é frequentemente usada em neonatologia, tratando recém-nascidos que apresentam problemas respiratórios. Em bebês prematuros, a oxigenoterapia auxiliaria para que os pulmões deles se desenvolvessem de forma adequada.

Oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de condições neurológicas

A oxigenoterapia ainda é recomendada no tratamento de doenças neurológicas, como no caso do Alzheimer e da esclerose múltipla. Nesse cas seria a oxigenoterapia hiperbárica.

Mesmo que a eficácia dessa terapia no tratamento dessas condições citadas seja controversa, há estudos sugerindo que ela ajudaria a melhorar a função cerebral e reduziria a progressão da doença.

Citação

SOUSA, Priscila. (24 de Abril de 2023). Oxigenoterapia - O que é, tipos, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/oxigenoterapia