Planejamento familiar é o nome do conjunto de ações que foca em realizar a regulação da fecundidade. Esse processo permitem as pessoas e casais decidirem, conscientemente, o número de filhos que querem ter e o momento mais apropriado para isso.
Essas ações abarcam a utilização de métodos contraceptivos, orientações médicas, educação a respeito da saúde reprodutiva e dos direitos sexuais, além de suporte emocional e também psicológico.
O foco com o planejamento familiar é assegurar que as decisões sobre a reprodução sejam claras, respeitando a saúde e o bem-estar da mulher, do bebê e da família.
No Brasil, o planejamento familiar é algo assegurado por lei e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece métodos contraceptivos e assistência médica.
Além de ajudar no controle da natalidade, o planejamento familiar ainda promove a qualidade de vida das famílias, auxiliando a evitar uma gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e, ainda, a diminuir a mortalidade materna e infantil, estimulando escolhas responsáveis.
Controle de natalidade e contracepção no planejamento familiar
O controle de natalidade compreende práticas e políticas focadas em regular a quantidade de filhos que se pode ter. E esse controle atua segundo as condições de vida e expectativas que um casal tenha.
Esse controle é implementado por meio de métodos contraceptivos, que incluem diversas formas de evitar a gravidez, tais como: preservativos, pílulas anticoncepcionais, DIU (dispositivo intrauterino) e até mesmo a esterilização.
A contracepção, desse modo, engloba tais estratégias para prevenir a gravidez de modo temporário ou permanente. E o acesso a esses métodos é importante para assegurar que as decisões reprodutivas sejam tomadas de modo consciente e bem informada.
Saúde reprodutiva e educação sexual
A saúde reprodutiva abarca não somente o acesso a métodos anticoncepcionais, mas ainda o acompanhamento médico. E com esse acompanhamento se garante que a gravidez e o parto serão seguros.
O acompanhamento médico inclui:
- A realização de exames de rotina;
- Vacinação;
- E tratamentos que protegem a saúde da mãe a do bebê.
A educação sexual possui um papel fundamental ao informar, desde cedo, a respeito da importância do uso de contraceptivos. Além do que, ela ensina sobre o funcionamento do corpo humano, evitando assim doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e uma gravidez indesejada.
Planejamento da gravidez e os direitos reprodutivos
O planejamento de gravidez se trata de uma etapa essencial no contexto do planejamento familiar.
Com o planejamento, se torna possível que os casais decidam o momento ideal para ter filhos. Isso é algo que ajuda na saúde física, mental e também na saúde emocional dos pais, impactando positivamente também na criação de um ambiente onde haja estabilidade para a criança.
Esse processo está bem vinculado aos direitos reprodutivos, que proporcionam a autonomia dos indivíduos ao tomarem decisões sobre sua fertilidade, segundo seus valores e circunstâncias, sem que haja coerção ou discriminação.
Aconselhamento familiar e política de saúde no planejamento familiar
O aconselhamento familiar possui um papel de apoio importante. Ele fornece orientação aos casais sobre as melhores opções para contracepção e planejamento familiar segundo as suas necessidades.
Esse aconselhamento é oferecido por profissionais de saúde, como médicos, psicólogos e também assistentes sociais. Além do mais, as políticas de saúde pública, como o SUS no Brasil, possuem a responsabilidade de assegurar que todos os indivíduos disponham de acesso a tais serviços igualitariamente, incitando a saúde e bem-estar da população.
Fertilidade e infertilidade
A fertilidade é a capacidade a pessoa ou casal possui de conceber uma criança. Já a infertilidade se trata da dificuldade ou incapacidade de conceber depois de um ano de tentativas, sendo essa uma realidade de muitos casais.
O planejamento familiar compreende o apoio para os que querem evitar a gravidez e para os que enfrentam dificuldades para conceber, dando tratamentos e orientação especializada aos mesmos.
Sobre os métodos anticoncepcionais
Os métodos anticoncepcionais são importantíssimos para o planejamento familiar. Esses métodos permitem que as pessoas decidam quando e se querem ter filhos.
Dentre os métodos mais comuns há:
- A pílula anticoncepcional: ela possui hormônios que impedem a ovulação. Se tratam de sendo um método eficaz, mas exige disciplina em seu uso diário;
- O DIU (Dispositivo Intrauterino): um pequeno dispositivo inserido no útero, sendo hormonal ou de cobre. Ele atua impedindo a fecundação e traz proteção de longo prazo, tendo a duração de 5 a 10 anos;
- A camisinha (masculina ou feminina): esse método de barreira evita a gravidez e ainda protege de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). É algo bastante acessível;
- E há ainda métodos definitivos como a vasectomia (feita nos homens, onde se os canais deferentes são bloqueados e, assim, não há a liberação de espermatozoides no ato sexual) e a laqueadura (feita nas mulheres, fechando ou cortando as trompas de falópio, o que impede então a fecundação). Ambos são procedimentos cirúrgicos. E mesmo sendo definitivos, há casos onde tais métodos podem ser revertidos.
SOUSA, Priscila. (9 de Setembro de 2024). Planejamento familiar - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/planejamento-familiar