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Protecionismo

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O protecionismo foca em proteger a economia de um país

Protecionismo designa um conjunto de ações do governo visando proteger a economia de um país. É comum que essas ações ocorram geralmente através de medidas que limitam ou proíbem importações e certos bens com foco em proteger o mercado interno dos concorrentes externos.

E assim o governo cria uma barreira para a entrada de certos produtos importados em um país, a fim de que os fabricantes nacionais consigam gerar mais lucros com a venda dos seus produtos, o que gera benefício para a economia daquele país.

Dentre as medidas que o governo usa para o protecionismo está o aumento da carga tributária, ou seja, dos impostos para os produtos importados. Outra ação é gerar barreiras alfandegárias impondo restrições para o comércio exterior.

Enquanto isso, o estado fornece subsídio para a indústria e agricultura nacionais, realizações como isentar impostos ou proporcional financiamento através dos bancos e, com isso, superar os concorrentes externos dentro daquele país.

Como resultado de tais ações, o governo gera valor para o mercado nacional e ainda faz com que haja mais emprego e renda.

Na prática, com o governo elevando os impostos para importar produtos, o consumidor então optará por adquirir aquele produto dentro do seu país, pois este estará com o menor preço. Como consequência disso, haveria mais dinheiro circulando dentro do próprio país e também mais empregos, já que com as empresas ganhando mais dinheiro elas teriam então como contratar mais mão de obra.

Desenvolvimento econômico, autossuficiência e competitividade internacional são alguns dos aspectos visados com tal prática.

Se tem pouco tempo, veja o índice ou o resumo com os pontos-chave.

História do protecionismo

O protecionismo traduz-se como a prática econômica que remonta o período do Mercantilismo, qual foi uma fase na história onde os reis absolutistas europeus designavam muitas barreiras alfandegárias a fim de controlar o comércio internacional.

No período do mercantilismo era adotado o protecionismo pelos monarcas políticos com foco em maximizar as exportações e minimizar as importações com o objetivo de gerar mais riqueza e poder. Como práticas adotadas estava a aplicação de impostos elevados sobre os bens importados e a incitação da promoção interna.

Um exemplo mais recente disso se trata da guerra entre Estados Unidos e China, onde os Estados Unidos costumam elevar o preço dos produtos importados da China a fim de estimular a compra de produtos nacionais, do mesmo modo, a China também passou a elevar as tarifas sobre os produtos importados dos Estados Unidos a fim de estimular a aquisição de produtos dentro do seu próprio país.

Devido a essa disputa comercial, entre essas que são as duas maiores economias do mundo, tem havido uma tensão expressiva e também incertezas instauradas nos mercados globais. Mesmo existindo acordos a fim de melhorar as relações entre esses dois países, a relação entre eles segue volátil, o que nutre as apreensões a respeito do impacto na economia global.

Já no caso do Brasil, ele se trata de um país onde o protecionismo é bastante influente, tendo em vista que, quando se importam produtos, esses chegam até país com o preço muito mais alto do que os produzidos nele. Alguns exemplos são os produtos da área de vestuário, tecnologia e automóveis.

Quando o protecionismo gera problemas

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O protecionismo pode gerar impactos negativos no consumidor final

Mesmo sendo algo presente em vários países, existem aqueles que defendem que o protecionismo, em certos casos, causaria prejuízos.

Esses críticos, boa parte deles economistas, são contra a intervenção do estado no funcionamento da economia.

Quem é contra o protecionismo o faz em boa parte dos casos por acreditar que em tal política quem sofre as consequências é o consumidor final. Eles acreditam que essa diminuição da concorrência faz com que as empresas nacionais acabem não tendo estímulos para aprimorar e investir para apresentar inovações.

E com isso, a variedade de produtos nacionais acaba sendo não apenas limitada, mas ainda dispondo de uma tecnologia em atraso, sem contar a baixa qualidade se comparados com os produtos de outros países. E assim, com a tributação elevada sendo aplicada nos produtos importados, então a produção nacional acaba se acomodando, já que não há mais aquela ameaça então constante e grande dos produtos vindos do exterior.

Há quem ainda defenda que o protecionismo transfere a renda dos mais pobres para os mais ricos. E isso se deve ao fato de que se há isenção fiscal promovida pelo estado para um setor, então outro acaba tendo que arcar com as consequências, geralmente um de menor escala.

Assim, barreiras comerciais geram uma guerra comercial, impactando na balança comercial devido a essa regulamentação governamental excessiva.

Tipos de protecionismo

Mesmo não havendo a distinção de protecionismo e nem mesmo entre as taxas que são aderidas nos contextos econômicos, existem aqueles que classificam o protecionismo em protecionismo comercial e protecionismo alfandegário.

No comercial, os países se definem cotas para certos produtos, enquanto no alfandegário as taxas de importação dos produtos costumam ser muito altas.

Existe ainda o que é conhecido como protecionismo agrícola. Esse é caracterizado pela proteção concedida pelo governo para determinados setores da agricultura. E é comum que ele a ocorra por meio da diminuição de impostos, subsídios, créditos facilitados para o agricultor, entre outros meios.

Citação

SOUSA, Priscila. (9 de Fevereiro de 2024). Protecionismo - O que é, história, problemas e tipos. Conceito.de. https://conceito.de/protecionismo