Segurança alimentar se trata das políticas públicas com foco em assegurar a qualidade nutricional da população. O uso desse termo pela primeira vez teria sido por volta dos anos 70.
Esse termo é usado para designar quando a população dispõe de acesso econômico e físico (d de forma contínua) a alimentos que são seguros para consumo e também como são nutritivos, suficientes para atender as necessidades nutricionais e as opções alimentares a fim de que essas pessoas tenham uma vida saudável.
Há casos em que a falta de segurança alimentar pode ser algo momentâneo, fruto de situações ligadas a, por exemplo, os ciclos das crises econômicas. E uma das formas aplicadas para prevenir esse problema é o armazenamento.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que população do mundo chegará a quase 10 bilhões de indivíduos em 2050, com boa parte delas residindo em centros urbanos. A ONU ainda prevê que a pressão de demanda impactará nos preços dos alimentos, fazendo com que eles sigam subindo. Desse modo, no que tange a segurança alimentar, a agricultura teria que elevar sua produção para as décadas seguintes.
Mas a segurança alimentar ultrapassa o acesso a um alimento. Uma pessoa poderia ter acesso diário a pão, contudo isso não designaria que essa pessoa teria os nutrientes que o corpo precisa para se desenvolver e para se manter saudável. E isso quer dizer que essa pessoa estará num contexto de insegurança alimentar.
E a segurança alimentar existe se todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico, social e econômico aos alimentos suficientes, seguros e também nutritivos que supram às suas necessidades dietéticas e escolhas alimentares para uma vida ativa e saudável.
Desafios à segurança alimentar
Os desafios para a segurança alimentar impactam comunidades em todo o mundo. Primeiramente, as mudanças climáticas designam uma ameaça significativa, culminando em padrões meteorológicos imprevisíveis, mudanças nos ecossistemas agrícolas e também eventos climáticos. Tais fenômenos atrapalham a produção de alimentos, acometendo a quantidade e qualidade das colheitas.
Além do mais, a urbanização acelerada e o crescimento populacional elevam a demanda por alimentos, afetando os sistemas alimentares existentes. As desigualdades na segurança alimentar são afetadas ainda pelo acesso desigual aos recursos, tecnologias e infraestrutura agrícola, acentuando a fome e a desnutrição em certas regiões.
A degradação do solo e também a escassez de água se tratam de desafios constantes, afetando a capacidade da terra para sustentar a produção agrícola. O uso inapropriado de pesticidas e de fertilizantes resultaria em impactos ambientais contrários, comprometendo a saúde do solo e ecossistemas vizinhos.
Outras questões que afetam a segurança alimentar são a carência de investimentos em educação, infraestrutura e pesquisa agrícola. A complexidade presente nas cadeias de suprimentos globais ainda levaria a interrupções no abastecimento, como ocorreu na pandemia de COVID-19.
Para encarar esses desafios, são cruciais dispor de abordagens integradas que estimulem práticas agrícolas sustentáveis, tecnologias inovadoras, equidade de acesso e cooperação internacional. A segurança alimentar é ainda uma meta global que necessita de esforços colaborativos focando em garantir que todos acessem a alimentos nutritivos e com quantidade suficiente.
A Assembleia Geral da ONU aprovou, no ano de 2015, uma Agenda em prol do Desenvolvimento Sustentável, possuindo 17 metas para atingir até 2030. Entre essas metas, está a de erradicar com a fome, obter a segurança alimentar, melhorar a nutrição e, também, promover a agricultura sustentável.
Outros fatores que favorecem a insegurança alimentar
Se pode ainda citar os desastres naturais e as guerras como fatores que impactam no acesso a alimentos. Mas há ainda os casos da carência de renda para a aquisição de alimentos, o que causaria um problema crônico.
Uso da tecnologia e da inovação nesse sentido
A tecnologia tem um papel crucial no tratar dos desafios à segurança alimentar, com destaque para a agricultura de precisão e a biotecnologia.
Tecnologias como GPS, sensores e drones são usados na agricultura de precisão para otimização do manejo agrícola. E isso torna possível a aplicação personalizada de insumos, a monitorização de cultivos e a diminuição do desperdício. A biotecnologia, abarcando alimentos geneticamente modificados (OGM), traz soluções inovadoras para elevar a resistência a pragas, melhorando a produtividade e fortalecendo a segurança alimentar nas condições adversas.
Os OGM, mesmo controversos, possuem o potencial de elevar a eficiência das colheitas e também a disponibilidade de alimentos. Tais tecnologias, se implementadas de com ética e de modo sustentável, tendem a ajudar no enfrentamento do desafio crescente de alimentar a população que esteja em constante crescimento.
Além disso, há os sistemas de informação e de monitoramento que cumprem um papel fundamental no processo de gestão eficiente da produção agrícola. Plataformas digitais e aplicativos, por exemplo, permitem acompanhar em tempo real dados sobre as condições para cultivo, previsões climáticas e o gerenciamento de cadeias de suprimentos, o que concede aos agricultores dados importantes para otimizar suas práticas e aprimorar a produtividade.
SOUSA, Priscila. (16 de Dezembro de 2023). Segurança alimentar - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/seguranca-alimentar